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sábado, 1 de dezembro de 2012


Crianças desaparecidas no bairro do Planalto, em Natal, entre os anos de 1998 e 2001 (Foto: Divulgação/Polícia Civil do RN)Moisés Alves da Silva, Joseane Pereira dos Santos, Marília Silva Gomes, Gilson Enedino da Silva e Yuri Tomé Ribeiro são as crianças desaparecidas no bairro do Planalto, em Natal, entre os anos de 1998 e 2001
(Foto: Divulgação/Polícia Civil do RN)


30/11/2012 15h53 - Atualizado em 30/11/2012 15h53

CPI do Tráfico de Pessoas volta a Natal para rever rapto de 5 crianças

Comissão vai à Assembleia Legislativa do RN na segunda-feira (03).
Missão é o 'Caso das Crianças do Planalto', desaparecidas há 14 anos.

 Do G1 RN
 
A Comissão Parlamentar de Inquérito do Tráfico Nacional e Internacional de Pessoas do Senado volta a Natal na próxima segunda-feira (03) e realiza, a partir das 9h, na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte, audiência pública para, mais uma vez, rever e discutir o desaparecimento, entre 1998 a 2001, de cinco crianças no bairro Planalto, na zona Oeste de Natal. O mistério ficou conhecido como o 'Caso das Crianças do Planalto'.
Já solicitamos ao Ministério da Justiça que a Polícia Federal também atue no caso para aprofundarmos as investigações"
Senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB/AM)
Uma comissão especial chegou a ser criada em 2003 para dar novo fôlego às investigações. Já em dezembro de 2009, a deputada federal Bel Mesquita (PMDB/PA) esteve em Natal. Ela presidiu a CPI durante a audiência realizada na mesma Assembleia que, nesta segunda, recebe novamente a Comissão. Naquele dia, Bel afirmou que faria os encaminhamentos necessários para a investigação ficar a cargo da Polícia Federal, o que não aconteceu.
Passados todos estes anos, a Polícia Civil continua sem respostas para dar às famílias. As principais suspeitas, no entanto, indicam que as crianças teriam sido levadas de suas residências para a remoção de órgãos ou para adoção ilegal por estrangeiros.
A presidente da CPI, senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB/AM), diz que a audiência será uma forma de cobrar estas respostas. “Já solicitamos ao Ministério da Justiça que a Polícia Federal também atue no caso para aprofundarmos as investigações”, disse ela. A senadora irá coordenar a audiência na capital potiguar.
“Esse caso das crianças desaparecidas do Planalto aconteceu há 14 anos e estou acompanhando com muito empenho. A CPI veio para acrescentar e tentar esclarecer esses desaparecimentos, já que o caso apresenta sérios indícios de tráfico de crianças”, disse o senador Paulo Davim (PV/RN), membro da CPI.
O 'Caso das Crianças do Planalto'
Além dos familiares das crianças, irão participar da audiência o secretário estadual de segurança pública Aldair da Rocha, o procurador-geral de Justiça Manoel Onofre Neto e o delegado da Polícia Civil Márcio Delgado, designado especialmente para o caso.
Lindalva e Geraldo ainda têm esperança de encontrar a filha Joseane  (Foto: Magnus Nascimento) 
Lindalva e Geraldo ainda têm esperança de
encontrar a filha (Foto: Magnus Nascimento)
Lindalva Florêncio da Costa tem 53 anos. Ano passado ele sofreu um AVC e quase morreu. Passou por uma cirurgia complexa, que lhe deixou sequelada – uma dormência permanente nas pernas. Até hoje ela tem dificuldades para andar. Ao longo da vida, engravidou doze vezes, mas acabou perdendo três bebês quando ainda estava gestante. Uma queda de bicicleta, uma hemorragia e a hepatite lhe fizeram abortar as crianças. Inegavelmente, foram muitas as dores na vida de Lindalva. Porém, para ela, nada disso importa. O sofrimento que ainda não superou é um só: o sumiço da pequena Joseane Pereira dos Santos, quando ela tinha oito anos. Aconteceu no dia 30 de janeiro de 1999.
Se viva estiver, Joseane já terá completado 21 anos. “Eu tenho fé. Meu coração me diz que ela está em algum lugar fora do país, mas que ainda está viva. Bem viva”. As palavras que exalam esperança soam em meio a muitas lágrimas. Reaberto em 2011, o inquérito ainda não aponta suspeitos. E até hoje a Polícia Civil não sabe, de fato, o que aconteceu com Joseane, ou simplesmente Biba, como era carinhosamente chamada a filha de dona Lindalva, e mais outras quatro crianças que desapareceram no bairro do Planalto, todas de forma misteriosa, entre os anos de 1998 e 2001.
Segundo as investigações, quatro das cinco crianças dormiam quando teriam sido raptadas. Apenas Joseane estava acordada quando foi levada. “Ela estava na casa da vizinha, assistindo o DVD do Tiririca”, relembrou Lindalva, emocionando-se com a dolorosa recordação.
O Caso das Crianças do Planalto é uma das páginas mais surpreendentes e instigantes da crônica policial potiguar. Depois de o inquérito passar pelas mãos de mais de 10 delegados ao longo de todos estes ano, a atual responsabilidade de dar um desfecho diferente ao mistério está com o delegado especial Márcio Delgado Varandas. O G1 tentou contato com o delegado, mas ele não atendeu e nem retornou as ligações.
Ela está em outro país. Eu acredito que a levaram para algum casal que não podia ter filhos”
Feirante Geraldo Santos, pai de Joseane
O pai de Joseane, o feirante Geraldo Santos, também tem esperança de um dia encontrar a filha. “Tenho certeza disso. Ela está em outro país. Eu acredito que a levaram para algum casal que não podia ter filhos”, declarou, referindo-se ao tráfico internacional de crianças. Questionado se acredita na possibilidade de Joseane ter sido morta – para que seus órgãos pudessem ter sido comercializados – o vendedor de frutas agarrou-se à fé em Deus. “Nunca pensei nisso. Minha filha está viva. E um dia voltaremos a vê-la. Pode passar mais treze anos, mas um dia estaremos juntos de novo”, disse Geraldo.
O mistério no Planalto começou em novembro de 1998, quando Moisés Alves da Silva, de 1 ano e 7 meses, foi levado de dentro de sua casa. Ele dormia com os pais e os irmãos. Em janeiro do ano seguinte foi a vez de Joseane Pereira dos Santos, de 8 anos, ser raptada da casa de uma vizinha. O terceiro sumiço aconteceu em janeiro de 2000, com o rapto de Yuri Tomé Ribeiro, de 2 anos. Três meses depois, o pequeno Gilson Enedino da Silva também desapareceu. O último caso aconteceu em dezembro de 2001, quando Marília da Silva Gomes, de 2 anos, também desapareceu de dentro de sua residência, onde dormia com a mãe, os irmãos e o padrasto.

Aids afeta mais homens que mulheres no RN, aponta estudo

Das 3.122 pessoas diagnosticadas no estado, 67% são do sexo masculino.
Aproximadamente 60% dos casos estão em Natal e Região Metropolitana.

Do G1 RN
Estudantes formam o símbolo da luta contra a Aids nesta sexta-feira (30) durante ação realizada em Taipei, em Taiwan (Foto: Pichi Chuang/Reuters)Estudantes formam o símbolo da luta contra a Aids
O vírus da Imunodeficiência Humana (HIV/Aids) contamina mais homens que mulheres no Rio Grande do Norte. Dos 3.122 diagnósticos de contaminação, 67% são do sexo masculino, segundo o Programa Estadual de Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST/Aids). A presença dos soropositivos é maior em Natal e na Região Metropolitana da capital. Essas áreas concentram 60% dos casos, de acordo com a Secretaria Estadual de Saúde (Sesap).
“A cultura masculina de procurar pouco o serviço de saúde e o fato de terem mais parceiros sexuais, deixam o homem mais vulnerável”, afirmou Sônia Cristina Lins, coordenadora do Programa Estadual DST/Aids. Para difundir a cultura da testagem para identificação do HIV e acompanhamento dos soropositivos, o estado disponibiliza os serviços de referência no tratamento em Natal, São Gonçalo do Amarante, Macaíba, Parnamirim, São José de Mipibu, Caicó, Pau dos Ferros e Santa Cruz.
Mas os serviços não têm conseguido conter a incidência da doença no estado. Segundo o coordenador local da Rede Nacional de Pessoas Vivendo com HIV/AIDS, Edvaldo Andrade, em 2011 foram registrados 399 casos a mais do que no ano anterior. E morreram mais soropositivos: 124 em 2011 contra 108 mortes em 2010. De 2000 à 2011 a Aids matou 826 potiguares.
“É preciso investir mais no tratamento das doenças oportunistas. Não basta o Governo Federal fornecer o coquetel para o controle do vírus. É necessário ter tratamento para as outras doenças que vem com a Aids. Deve ter medicamentos e médicos suficientes na rede pública de Saúde, tanto Municipal quanto Estadual”, enfatizou Edvaldo Andrade.
Edvaldo é funcionário público e tem 47 anos. Ele foi diagnosticado com o vírus HIV há 17 anos. “Eu recebi o resultado faltando poucos dias para o meu aniversário de 30 anos. Foi uma mudança radical na minha vida. Repensei valores, mudei muita coisa e consegui ter qualidade de vida”, declarou.
Campanha Fique Sabendo é realizada em todo país (Foto: Divulgação / Ministério da Saúde)Campanha Fique Sabendo é realizada em todo
país (Foto: Divulgação / Ministério da Saúde)
Ele lembra que é sempre difícil saber que se é soropositivo, principalmente pelo preconceito que se tem em torno da doença. “Sempre foi vista como uma peste gay. Eu tive que ser aposentado na época, parei de trabalhar. São estigmas que precisam sair da sociedade”, desabafou.
Edvaldo se considera feliz, mas ao olhar a realidade das pessoas que convivem com a Aids, disse que a tristeza aparece. “O RN está na contramão do Brasil. O último boletim do Ministério da Saúde mostrou que em 2011 o número de casos no país diminuiu 11%, já no nosso estado cresceu 17%. Precisamos mudar esta realidade. É preciso informação”, asseverou.
Serviço
Para solicitar atendimento, os portadores da doença podem entrar em contato com a Sesap através do telefone (84) 3232-6963.
Homem morre atropelado em frente ao Sam's Clube



DN Online

Um acidente fatal foi registrado na manhã deste sábado (1º), na BR-101, em Neópolis. Um homem ainda não identificado foi atropelado por um Honda Civic, preto, e morreu na hora. O fato aconteceu por volta das 5h, em frente ao Sam’s Clube. A informação foi confirmada pela Polícia Rodoviária Federal (PRF).

De acordo com a PRF, a polícia ainda não tem a identificação do carro que atropelou a vítima. Sabe-se apenas o modelo e a cor. O motorista não prestou socorro e fugiu do local.

Na noite dessa sexta-feira (30), a PRF também registrou um acidente fatal no Km 102,1, da BR-405, na cidade de Severiano Melo, por volta das 18h40. Uma colisão frontal entre um caminhão e uma moto deixou duas pessoas mortas. As vítimas foram identificadas como Geraldo Barbosa Galvão, 57 anos, e Francisco Genilson da Silva, de 40.

Dois homens morrem após colidirem com um caminhão no interior do RN

Acidente ocorreu na noite desta sexta-feira (30) em Severiano Melo.
Vítimas fatais estavam numa motocicleta modelo Honda Biz.

Do G1 RN
Uma colisão frontal entre um caminhão Mercedes-Benz e uma motocicleta modelo Honda Biz, causou a morte de dois homens na noite desta sexta-feira (30). O acidente ocorreu na rodovia BR-405, na altura do município de Severiano Melo, distante 357 quilômetros de Natal. Este foi o segundo caso de acidente com vítimas fatais em menos de 24 horas na Região Oeste do estado.
De acordo com o inspetor Everaldo Morais, da Polícia Rodoviária Federal, a motocicleta de placas HXC-6018 / RN, colidiu frontalmente com o caminhão de placas MMZ-1531 / RN. Os ocupantes da moto, identificados por Geraldo Barbosa Galvão, de 57 anos e que pilotava a motocicleta, e Francisco Genilson da Silva, de 40 anos, passageiro, morreram na hora. O motorista do caminhão não sofreu ferimentos. A Polícia investiga as causas do acidente.
Conforme dados da Polícia Rodoviária Federal, 50% das mortes no trânsito nas rodovias federais que cortam o Rio Grande do Norte, envolvem ocupantes de veículos de duas rodas. "As estatísticas são assustadoras", comentou Everaldo Morais.
Colisão e Atropelamento
A Polícia Rodoviária Federal registrou, na noite desta sexta-feira (30), uma colisão entre um veículo e uma motocicleta na altura da passarela de Neópolis, na BR-101. Não houve vítimas fatais. Na manhã deste sábado (1º), um homem ainda não-identificado foi atropelado e morto por um veículo também não-identificado. O corpo da vítima, do sexo masculino, foi recolhido ao Instituto Técnico-Científico de Polícia (Itep), na Ribeira, onde aguarda identificação.

A FARSA DA SEGURANÇA NO RN

O repórter pergunta: “comandante, o que dizer dessa violência desenfreada que atinge agora até a própria policia?” O comandante responde: “É... Entregamos esta semana mais 140 viaturas novas, dois mil coletes à prova de balas, e cinco mil pistolas. O governo está fazendo sua parte esperamos que isso possa resolver o problema.” Você, leitor atento, ouvinte atento, telespectador atento, viu alguma relação da resposta do comandante com a pergunta do repórter? Há dois anos, o comando da policia militar do nosso estado vem repetindo na imprensa a mesma conversa. É como se quisesse subestimar a nossa inteligência, nos fazer de idiotas, já que estamos idiotizados. Quem estar a frente do combate sabe que a policia militar do nosso estado não tem planejamento algum para suas ações e quando algum desavisado tenta planejar algo é sufocado por uma ordem superior ou mesmo pelas limitações materiais que lhes são impostas. Trabalho em uma companhia que em menos de dois anos, mudou de comandante nove vezes, fora mais de um mês que passou sem comandante. Dentre esses teve aqueles que passaram uma semana. Um que passou apenas três dias e outros que chegaram e saíram sem ninguém os conhecer. PLANEJAMENTO DE TRABALHO?
Um deles tentou formular algo, esse passou três dias no comando. Todos os batalhões têm um oficial que fiscaliza todo o serviço de cada plantão. A maioria deles serve apenas para participar dos faltosos e dar entrevista para a TV quando algum policial faz alguma prisão. Além deste tem um sargento fiscal do batalhão, que se quer tem uma viatura para se locomover e sua missão em 24h é apenas pagar o vale refeição da tropa. Achando pouco, as companhias têm mais um sargento fiscal e este por sua vez também não tem viatura, para fiscalizar nada. Para completar tem ainda o sargento encarregado de manutenção e sua equipe, quando na unidade se quer tem oficina e este muitas vezes nem entende de mecânica. Já vi viatura bater o motor por falta d’água no radiador e outra passar uma semana “baixada” por falta de um fusível que custa 0,30 centavos. Em 13 anos na corporação ainda não trabalhei em nenhum lugar que apresentasse um plano de trabalho (ou ação) objetivo. Todos os dias, vão para as ruas, batalhões de homens, guiados apenas pela sua consciência. Se achar que deve fazer alguma coisa, o faz. Se não, “voa” pra passar a hora e só. A maior parte dos comandantes e seus subcomandantes aparecem apenas para assinarem punições ou sugeri-las quando dos desvios naturais de quem trabalha sem patrão. Vez por outra trocam a nomenclatura. POLICIA DO BAIRRO,RÁDIO PATRULHA, POLICIA COMUNITÁRIA, POLICIA INTERATIVA, RONDA CIDADÃ, RONDA ESCOLAR, PATAMO, FORÇA TÁTICA, CHOQUE, GTO.... E ASSIM SUCESSIVAMENTE. A cultura policial não muda, o gerenciamento não muda, o discurso elitista e politiqueiro não muda, as ações não mudam. Recentemente um comandante de unidade mandou punir um subordinado por que este desejou um bom dia aos companheiros via radiocomunicador. Até o salário mudou. Mas o problema da nossa policia militar não é salário. É formação. É planejamento de ações. É objetivo. É conhecimento. É vontade. É compromisso. É senso de responsabilidade. No interior do estado, policiais são obrigados a trabalharem sozinhos em uma cidade de 5 ,10, 12, mil habitantes. Eu, particularmente já atendi muitas ocorrências em uma cidade do interior em meu próprio carro, com meus próprios custos para não ter que ser entendido pela população como omisso. Se algum subordinado se recusar a permanecer sozinho, certamente será punido no mínimo com um prisão, e se sair , penalizado por abandono de posto. Isso acontece rotineiramente. Denunciar... Nem pensar. Conheço a história de um que denunciou situação semelhante e foi punido com oito dias de prisão e uma queda no comportamento, o prejudicando para o futuro. Afinal, o escudo arbitrário dessa miséria é o estatuto autoritário e ultrapassado que confere aos comandantes poderes de semideuses. Estamos num calabouço escuro de faz-de-conta. O principio da autoridade que nos foi concedida pelo estado para representa-lo é surrupiado pelos nossos próprios superiores no interior dos quarteis. Somos reduzidos a estrume. Alguém acredita que o Estado está preocupado com a ceifa de nosso colegas que estão sendo abatidos indiscriminadamente dia após dia? Isso não começou ontem... Fazem já anos que estamos perdendo o controle. Mudar os nomes não resolve... É preciso mudar a postura dos que gerenciam. Na iniciativa privada, o gerente é o primeiro e o último. Instruído planeja, sugere, coordena. Assume os riscos pelos erros e acertos. No poder público gerenciar (leia-se comandar) significa estar ausente. Assinar papéis, chegar tarde e sair cedo. E como na filosofia “militaresca”, o comandante é o espelho da tropa, vamos aos poucos adentrando ao abismo da inoperância e do insucesso. Sem mais delongas... “é muita estrela pra pouca constelação”.
ACSPMRN - DIRETORIA DE COMUNICAÇÃO